A maior economia da Europa registou uma expansão de 0,1% no terceiro trimestre, uma revisão em baixa relativamente à primeira estimativa de um aumento de 0,2%.
Após um desempenho moderado nos primeiros seis meses, a economia alemã iniciou o segundo semestre do ano com um crescimento modesto. O PIB aumentou 0,1% no terceiro trimestre, em comparação com os três meses anteriores, segundo o instituto de estatística do país.
O valor final foi inferior ao crescimento de 0,2% inicialmente estimado para os três meses antes de 30 de setembro. No entanto, recuperou de uma contração de 0,3% no período anterior, evitando a recessão (dois trimestres consecutivos de contração).
O principal estímulo foi o consumo das famílias, que cresceu 0,3%, depois de ter diminuído 0,5% nos três meses anteriores. As despesas públicas abrandaram consideravelmente, ando de 1,6% para 0,4%. O fabrico de máquinas, equipamentos, produtos químicos e fibras sintéticas registou uma diminuição substancial, o que levou a uma queda das exportações de bens (-2,4%).
Em termos globais, o comércio teve um efeito negativo no PIB, uma vez que as importações quase não aumentaram (0,2%) e as exportações diminuíram consideravelmente (1,9%).
Em comparação com o terceiro trimestre do ano ado, a economia registou uma queda de 0,3% (ajustada pelos preços e pelo calendário), pior do que a queda estimada de 0,2%.
O que é que se avizinha para as maiores economias da Europa?
Entretanto, o índice dos gestores de compras (PMI), um indicador baseado em inquéritos sobre as condições das empresas que mostra o sentimento dos vários setores da economia, ficou abaixo do esperado não só na Alemanha, mas também em França.
O PMI HCOB Flash Alemanha atingiu 47,3 em novembro (abaixo de 50 indica contração), mostrando que a atividade empresarial caiu novamente pelo quinto mês consecutivo.
O PMI da indústria transformadora foi de 43,2, indicando uma profunda contração neste setor na Alemanha em novembro, juntamente com o primeiro declínio na atividade dos serviços em nove meses (49,4).
O sentimento empresarial francês tem vindo a diminuir há meses, tendo o PMI composto para novembro sido de 44,8, pior do que o estimado anteriormente e marcando o terceiro mês consecutivo de declínio. Tanto a indústria transformadora como os serviços registaram uma quebra para 43,2 e 45,7, respetivamente.
Para o setor da indústria transformadora sa este é o 22º mês consecutivo de contração. Esta é principalmente alimentada por quedas nas indústrias automóvel, construção e cosméticos, que se debatem com a diminuição das encomendas a nível nacional e internacional.