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Artistas e trabalhadores do setor instam a Tate a cortar laços com doadores ligados a Israel

Tate Britain
Tate Britain Direitos de autor DiscoA340 / CC licence
Direitos de autor DiscoA340 / CC licence
De Elise Morton
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Carta aberta com mais de 900 s apela aos dirigentes do museu para que tomem uma posição "contra a lavagem artística do genocídio e do apartheid", com signatários que incluem um dos atuais nomeados para o Prémio Turner e anteriores vencedores.

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Mais de 900 artistas e trabalhadores do setor artístico (até às 14 horas CET de 26 de novembro) am uma carta aberta que insta a Tate, em Londres, a pôr fim à sua "cumplicidade no genocídio", cortando as ligações com organizações artísticas cujos fundadores têm laços financeiros com Israel, segundo informou a ARTnews.

A carta, dirigida à direção da Tate antes da cerimónia de entrega do Prémio Turner, a 3 de dezembro, exige que o museu se desfaça do Zabludowicz Art Trust, do Zabludowicz Art Projects e do Outset Contemporary Art Fund. Estas organizações são dirigidas separadamente pelos filantropos das artes Anita e Poju Zabludowicz e Candida Gertler.

A carta acusa os fundadores destas organizações de estarem ligados às políticas "genocidas" de Israel em Gaza, fazendo referência a conclusões do Tribunal Internacional de Justiça e das Nações Unidas que caracterizam as ações militares de Israel como consistentes com "genocídio plausível" e "apartheid".

A Amnistia Internacional também apelidou as políticas de Israel como crimes de apartheid. "Acreditamos que a Tate tem um profundo dever moral, se não mesmo legal, de se despojar das suas afiliações com o Estado israelita", afirmam os signatários.

No interior do Turbine Hall da Tate Modern
No interior do Turbine Hall da Tate ModernMichael Brace / CC licence

Além disso, a carta destaca o envolvimento do Zabludowicz Art Trust e do Outset Contemporary Art Fund naquilo que os ativistas descrevem como "artwashing": o uso de colaborações com museus e artistas para obscurecer laços politicamente controversos e eticamente questionáveis.

"As parcerias da Tate com estas organizações prejudicam diretamente o seu compromisso com a igualdade e o impacto social", sublinha a carta.

Os signatários, que fizeram as exigências "em solidariedade com a Palestina e o Líbano", incluem a atual nomeada para o Prémio Turner, Jasleen Kaur, bem como anteriores vencedores, nomeadamente Charlotte Prodger, Helen Cammock e Lawrence Abu Hamdan.

Em apoio ao seu argumento, os ativistas destacam a vontade da Tate em desinvestir dos doadores russos após a invasão da Ucrânia, instando os líderes a tomar medidas semelhantes em relação à Palestina.

Manifestantes marcham em apoio dos palestinianos, em Londres, sábado, 3 de agosto de 2024.'
Manifestantes marcham em apoio dos palestinianos, em Londres, sábado, 3 de agosto de 2024.'AP Photo

"O desinvestimento é uma tática com a qual sabemos que a Tate já está familiarizada: as galerias cortaram laços com doadores bilionários russos e membros do Conselho Internacional da Tate Viktor Vekselberg e Petr Aven em 2022, como resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia", diz a carta.

Estas exigências surgem pouco depois de os estudantes da Goldsmiths, parte da Universidade de Londres, terem pressionado com sucesso o Goldsmiths Centre for Contemporary Art, da escola de arte, a cortar os seus laços com Candida e Zak Gertler, devido às suas ligações pessoais ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ao apoio financeiro às suas campanhas políticas.

A carta surge na sequência da adesão de mais de 1000 escritores, incluindo laureados com o Prémio Nobel e com o Prémio Pulitzer, ao maior boicote cultural da história contra a indústria editorial israelita,** no mês ado.

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