A Procuradoria-Geral da Rússia declarou a organização internacional de direitos humanos Amnistia Internacional "indesejável". A agência afirmou que os seus membros "apoiam organizações extremistas" e "financiam atividades de agentes estrangeiros".
Foi num comunicado de imprensa que o gabinete do Procurador-Geral da Federação Russa declarou a Amnistia Internacional, organização não governamental internacional, como "indesejável" no país.
A inclusão nesta lista de "organizações indesejáveis" significa que a Amnistia Internacional terá de cessar qualquer trabalho na Rússia e aqueles que cooperam com ela, ou a apoiam, arriscam-se a ser processados.
Na comunicação, a Procuradoria-Geral russa diz que a "sede londrina da organização de defesa dos direitos humanos é um centro de preparação de projetos russofóbicos globais pagos pelos cúmplices do regime de Kiev" e que os seus membros "fazem tudo o que é possível para intensificar o confronto militar na região - justificam os crimes dos neonazis ucranianos, apelam a um aumento do seu financiamento, insistem no isolamento político e económico do nosso país".
Segundo ainda o mesmo comunicado, os membros da Amnistia "apoiam organizações extremistas" e "financiam as atividades de agentes estrangeiros", afirmou.
Esta declaração trata-se de mais um o na repressão contra jornalistas e ativistas dos direitos humanos que se intensificou a nível interno desde a invasão total da Ucrânia em 2022.
A Amnistia Internacional foi fundada em 1961 e desde então os seus membros têm vindo a monitorizar os direitos humanos em todo o mundo. Os ativistas compilam as violações em relatórios.
A organização monitoriza, entre outros, crimes de guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza.