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Alta velocidade Lyon-Turim: um projeto anti-ecológico?

Projeto tem gerado vaga de protestos e contestação.
Projeto tem gerado vaga de protestos e contestação. Direitos de autor AFP
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Menos camiões e mais comboios. No papel, o projeto de alta velocidade Lyon-Turim parece ser interessante, mas os movimentos ambientalistas denunciam o impacto. Um projeto altamente divisivo.

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Menos camiões e mais comboios nos Alpes.

A ideia parece interessante, mas desde o anúncio do projeto, há cerca de três décadas, a linha de alta velocidade Lyon-Turim tem gerado divisões.

Os apoiantes da empreitada dizem que é vital para o desenvolvimento do transporte ferroviário de carga nas montanhas.

"A urgência climática é que todos os anos 3 milhões de camiões am entre França e Itália. [...] Se não se construírem túneis, os camiões continuam nas estradas”, sublinhou Stéphane Guggino, delegado-geral da ligação ferroviário Lyon-Turin, conhecida como Transalpina.

Para os críticos do projeto, no entanto, os danos ambientais superam em muito os benefícios.

"Calculamos que a construção de toda a linha Lyon-Turim resultará numa contribuição líquida de 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera. [...] Estimativas indicam que durante as obras serão descarregados dos túneis entre 600 a mil litros de água por segundo. [...] É como se uma parte significativa de Turim ou Lyon tivessem escassez de água”, acrescentou Alberto Poggio, engenheiro e membro da Comissão Técnica da Unione Montana Valle Susa.

Stéphane Guggino, por outro lado, ressalva: “atualmente, a drenagem representa 1% do fluxo do rio Arc. Pode-se também considerar que face a todos os benefícios ecológicos [...], como a agem modal dos camiões para os transportes ferroviários, menos sinistralidade rodoviária, menor desgaste de infraestruturas, intercâmbios fiáveis, aproximação de pessoas e territórios, nesta fase, é um investimento que podemos fazer."

Já existe uma ligação ferroviária entre Lyon a Turim. Permite que cerca de cinquenta comboios em pelo túnel de Fréjus todos os dias.

É três vezes menor do que o projeto futuro prevê. No entanto, os opositores dizem que a linha histórica existente é subutilizada.

"O que é certo é que, atualmente, através da linha existente, poderíamos acolher o que necessitamos sem necessidade de túneis”, explicou Gwendoline Delbos, eurodeputada do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia.

Quer em Itália quer em França, as questões relacionadas com o imenso projeto estão longe de gerar consenso.

"O dia-a-dia das pequenas aldeias atravessadas por camiões de lixo ou de mercadorias é, obviamente perturbado. É tudo construção, resíduos, e há verdadeiramente um impacto em paisagens que outrora sustentavam a vida”, insistiu Philippe Delhomme, presidente da associação "Vivre et Agir en Maurienne."

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