O corpo de Mohammed Sinwar foi encontrado num centro subterrâneo de controlo e comando, diz Israel. Entretanto, as autoridades palestinianas afirmam que uma dezena de pessoas foram mortas perto de um ponto de distribuição de ajuda.
As autoridades israelitas confirmaram que mataram Mohammed Sinwar, que foi recentemente líder do Hamas na Faixa de Gaza, depois de o seu corpo ter sido localizado e posteriormente verificado em Israel.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram tê-lo encontrado no subsolo, alegadamente perto do Hospital Europeu em Khan Younis, onde terá permanecido num centro de controlo e comando subterrâneo.
Nas imagens divulgadas no domingo, uma arma parece estar localizada perto do corpo. Sinwar foi morto num ataque aéreo que Israel efetuou contra as instalações no mês ado.
Uma dezena de mortos num centro de assistência
Os disparos israelitas mataram pelo menos 12 pessoas e feriram outras quando elas se dirigiam para dois pontos de distribuição de ajuda na Faixa de Gaza, geridos por um grupo apoiado por Israel e pelos Estados Unidos, informaram no domingo as autoridades sanitárias palestinianas e testemunhas.
Os militares israelitas afirmaram ter disparado tiros de aviso contra as pessoas que se aproximavam das suas forças.
Nas últimas duas semanas, têm sido frequentes os tiroteios perto dos novos centros para onde milhares de palestinianos - desesperados após 20 meses de guerra - estão a ser encaminhados para recolher alimentos.
Testemunhas dizem que tropas israelitas próximas abriram fogo e mais de 80 pessoas foram mortas, de acordo com as autoridades hospitalares de Gaza.
No total, pelo menos 108 corpos foram levados para os hospitais de Gaza nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde do território. As forças armadas israelitas afirmaram ter atingido dezenas de alvos militantes em Gaza no último dia.
Os cerca de 2 milhões de palestinianos de Gaza dependem quase totalmente da ajuda internacional, uma vez que quase todas as capacidades de produção alimentar foram destruídas.
Os novos centros de ajuda são geridos pela GHF, um novo grupo de empreiteiros maioritariamente norte-americanos. Israel quer que este grupo substitua um sistema coordenado pelas Nações Unidas e por grupos de ajuda internacional.
Israel e os Estados Unidos acusam o grupo militante Hamas de roubar a ajuda, mas a ONU nega que haja um desvio sistemático. Diz também que o novo sistema é incapaz de satisfazer as necessidades crescentes, permite que Israel utilize a ajuda como uma arma, determinando quem a pode receber, e obriga as pessoas a deslocarem-se para os locais onde se encontram as instalações de ajuda.