{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2014/04/07/virus-atacam-ostras-europeias" }, "headline": "V\u00edrus atacam ostras europeias", "description": "V\u00edrus atacam ostras europeias", "articleBody": "A produ\u00e7\u00e3o de ostras est\u00e1 em risco, na Europa. As amea\u00e7as \u00e0 cultura destes bivalves v\u00e3o desde v\u00edrus, bact\u00e9rias, parasitas e polui\u00e7\u00e3o.Os cientistas est\u00e3o a tentar estudar maneiras de resolver o problema. No sudoeste de Fran\u00e7a, os produtores de ostras afirmam que t\u00eam fortes raz\u00f5es para temer pelo futuro.\u201cO ciclo de cultura das ostras \u00e9 de 3 a 4 anos. Durante o primeiro ano registamos taxas de mortalidade na ordem dos 80 a 90 por cento, quando as ostras s\u00e3o ainda beb\u00e9s. No segundo ano a mortalidade atinge os 10, 15 por cento. No terceiro ano registamos uma mortalidade de 30 a 40 por cento. No fim, mal se consegue vender 1 de 10 ostras de viveiro\u201d, afirma este produtor de ostras, G\u00e9rald Viaud.Os cientistas, do Instituto Franc\u00eas de Pesquisa e Explora\u00e7\u00e3o do Mar, estudaram o desempenho de 1 v\u00edrus, 3 bact\u00e9rias e 1 parasita e descobriram como \u00e9 que os pat\u00f3genos afetam as ostras. Para os investigadores, a senda para proteger estes moluscos \u00e9 bastante dif\u00edcil\u2026O cordenador do projeto Bivalife, Tristan Renault, explica que \u201c\u00e9 imposs\u00edvel vacinar marisco. Os bivalves s\u00e3o animais invertebrados, n\u00e3o t\u00eam anticorpos que possam ser estimulados, atrav\u00e9s da vacina\u00e7\u00e3o, como \u00e9 o caso dos seres humanos ou animais dom\u00e9sticos\u201d.De acordo com os cientistas h\u00e1 v\u00e1rias poss\u00edveis solu\u00e7\u00f5es, em estudo. 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Vírus atacam ostras europeias

Vírus atacam ostras europeias
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A produção de ostras está em risco, na Europa. As ameaças à cultura destes bivalves vão desde vírus, bactérias, parasitas e poluição. Os cientistas estão a tentar estudar maneiras de resolver o problema. No sudoeste de França, os produtores de ostras afirmam que têm fortes razões para temer pelo futuro.

“O ciclo de cultura das ostras é de 3 a 4 anos. Durante o primeiro ano registamos taxas de mortalidade na ordem dos 80 a 90 por cento, quando as ostras são ainda bebés. No segundo ano a mortalidade atinge os 10, 15 por cento. No terceiro ano registamos uma mortalidade de 30 a 40 por cento. No fim, mal se consegue vender 1 de 10 ostras de viveiro”, afirma este produtor de ostras, Gérald Viaud.

Os cientistas, do Instituto Francês de Pesquisa e Exploração do Mar, estudaram o desempenho de 1 vírus, 3 bactérias e 1 parasita e descobriram como é que os patógenos afetam as ostras. Para os investigadores, a senda para proteger estes moluscos é bastante difícil…

O cordenador do projeto Bivalife, Tristan Renault, explica que “é impossível vacinar marisco. Os bivalves são animais invertebrados, não têm anticorpos que possam ser estimulados, através da vacinação, como é o caso dos seres humanos ou animais domésticos”.

De acordo com os cientistas há várias possíveis soluções, em estudo. A mais promissora, que pode resultar a longo prazo, é a seleção natural e o cruzamento dos bivalves.

“Nas comunidades de ostras, pode haver indivíduos que são mais fortes e mais aptos. Indivíduos que podem defender-se melhor contra estas infeções virais. Então, podemos, eventualmente, cruzar estes espécimes mais fortes, de modo a conseguirmos obter famílias inteiras de indivíduos mais resistentes”, explica Renault.

Ao contrário dos animais domésticos, as ostras são criadas num ambiente aberto, bastante complexo. Existem vários fatores ambientais de difícil controlo, como por exemplo, a temperatura da água do mar, a salinidade, a acidez e a poluição.

Os produtores de ostras estão preocupados com os malefícios da poluição. “Além dos vírus temos, também, a poluição causada por nitratos, pesticidas, adubos… Tudo acaba no oceano. Temos, ainda, as estações de tratamento de águas residuais, que nem sempre cumprem as normas”, afirma o produtor Jean-Paul Lopez.

Tristan Renault explica que “as ostras crescem, de facto, num ambiente aberto. Aqui, por exemplo, estamos a estudar o eventual papel que uma mistura de 12 pesticidas pode desempenhar no desenvolvimento de agentes patogénicos virais, e de ostras ainda mais frágeis aos seus ataques.”

O produtor, Gérald Viaud, assegura que os “produtores de ostras, precisam de mais investigação ambiental, sobre a qualidade da água e dos sedimentos. Precisamos saber como podemos melhorar a gestão de todo o nosso ecossistema”, assegura.

Apesar da dura realidade, e da difícil tarefa, cientistas e produtores de ostras recusam render-se.

“Tinha 20 anos quando assisti à anterior onda de mortes massivas, no setor. Se não tivesse sido otimista, na época, não estaria no mesmo negócio agora, aos 73. Vou continuar a lutar pela cultura de ostras. Os meus filhos trabalham neste negócio. Espero que os meus netos mantenham o negócio da cultura de ostras na família,” anseia Gérald Viaud.

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