Investida durante a última noite com drones e mísseis balísticos danificou vários prédios residenciais em seis distritos da capital ucraniana, tendo Zelenskyy pedido o reforço das sanções ocidentais contra a Rússia.
A Rússia lançou na última noite um dos ataques de maior escala contra Kiev em três anos de guerra, ferindo 15 pessoas e causando estragos em vários edifícios residenciais de seis distritos da capital ucraniana.
Entre os feridos, de acordo com as autoridades locais, dois são crianças e três tiveram de ser hospitalizados.
A Força Aérea da Ucrânia diz ter neutralizado seis dos 14 mísseis balísticos e 245 dos 250 drones usados nesta investida.
Volodymyr Zelenskyy já condenou a ofensiva na rede social X, pedindo uma "pressão mais forte" sobre a Rússia para "obter resultados" e pôr em marcha "uma diplomacia real".
O presidente ucraniano sublinhou que só “sanções adicionais” do Ocidente dirigidas a setores cruciais da economia russa poderão levar Moscovo a um cessar-fogo.
A escalada surge após vários dias de ataques da Ucrânia ao território russo, incluindo Moscovo. Ao todo, terão sido lançados cerca de 800 drones ucranianos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia prometeu, entretanto, responder às ações de Kiev.
Troca de prisioneiros
O ataque maciço a Kiev ocorreu durante a troca de prisioneiros entre Ucrânia e Rússia. Segundo o ministério russo da Defesa, mais de 300 cidadãos de cada país foram libertados até sábado.
Trata-se do único resultado concreto das negociações entre russos e ucranianos que tiveram lugar durante a semana ada em Istambul, naquela que foi a primeira conversação direta entre os dois lados desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Concluída a troca de prisioneiros, cada um dos países deverá apresentar as respetivas condições tendo em vista o fim das hostilidades.
A Rússia diz estar empenhada em alcançar uma solução pacífica para o conflito, mas deixa claro que a Ucrânia tem de aceitar que Moscovo controla parte do seu território e que isso não pode ser motivo para ameaças do Ocidente.
A Ucrânia, por sua vez, argumenta que os constantes ataques russos são prova de que o Kremlin é um obstáculo para a paz.