Michail Chkhikvishvili, um jovem de 21 anos originário da Geórgia, foi acusado na sexta-feira perante um juiz federal em Brooklyn de vários crimes, incluindo a solicitação de crimes de ódio e atos de violência em massa.
Michail Chkhikvishvili , líder de um grupo neonazi da Europa de Leste - Maniac Murder Cult -, foi extraditado da Moldova para os Estados Unidos, na sequência da sua detenção, no verão ado, por crime de ódio e atos de violência em massa.
O caso remonta a 2023, quando Chkhikvishvili recrutou "um indivíduo para se vestir de Pai Natal e distribuir doces envenenados a minorias raciais e crianças em escolas judaicas em Brooklyn", de acordo com o Departamento de Justiça.
Mais tarde, sugeriu restringir o foco a crianças judias, disseram os procuradores, depois de observar que "os judeus estão literalmente em todo o lado" em Brooklyn.
Descrevendo o seu desejo de levar a cabo um ataque maciço, Chkhikvishvili disse que via os Estados Unidos como "um grande potencial devido à ibilidade às armas de fogo", acrescentando que os infiltrados deveriam considerar visar os sem-abrigo porque o governo não se importaria "mesmo que eles morressem", de acordo com os documentos do tribunal.
Declarou-se inocente através do advogado, Samuel Gregory, que solicitou que o seu cliente fosse submetido a uma avaliação psiquiátrica e colocado sob vigilância para evitar um suicídio enquanto estivesse detido.
Foi preso em julho ado na Moldova, onde foi detido antes da extradição desta semana.
"Maniac Murder Cult" - um culto do ódio
Os procuradores descreveram Chkhikvishvili, também conhecido por "Commander Butcher", como o líder do Maniac Murder Cult [Culto dos Maníacos Assassinos] - um grupo extremista internacional - que adere a uma "ideologia neonazi e promove a violência e atos violentos contra minorias raciais, como a comunidade judaica e outros grupos que considera indesejáveis".
As ações violentas do grupo eram promovidas por canais do Telegram, onde delinearam um manifesto chamado "Manual do Ódio" que parecem ter inspirado vários assassínios reais, incluindo um tiroteio numa escola em Nashville, no início deste ano, que matou um estudante de 16 anos.
Numa declaração, a procuradora-geral Pam Bondi disse que o caso era "uma lembrança clara do tipo de terrorismo que enfrentamos hoje em dia, redes online que conspiram actos indescritíveis de violência contra crianças, famílias e a comunidade judaica em busca de uma ideologia depravada e extremista".
Desde 2022, Chkhikvishvili viajou em várias ocasiões para Brooklyn, onde se gabou de ter espancado um judeu idoso e de ter dado instruções a outras pessoas, maioritariamente através de mensagens de texto, para cometerem atos violentos em nome do Culto dos Maníacos Assassinos, segundo os documentos do tribunal.