Mateusz Morawiecki afirmou esta semana, num encontro com Georgia Meloni, que o seu objetivo é "derrotar Mordor".
Durante uma reunião com a primeira-ministra italiana Georgia Meloni, em fevereiro do ano ado, o novo líder dos Conservadores e Reformistas Europeus (CRE), Mateusz Morawiecki, referiu-se aos romances de fantasia "O Senhor dos Anéis", de JRR Tolkien, dizendo-lhe que "juntos derrotaremos Mordor".
As referências a Tolkien feitas pelo antigo primeiro-ministro polaco regressaram esta semana, quando os dois se voltaram a encontrar. Desta vez, Morawiecki ofereceu um exemplar do livro de Tolkien a Meloni, juntamente com uma inscrição pessoal que dizia: "Vamos combater o mal juntos, a luz prevalecerá. Derrotaremos Mordor!".
Morawiecki, que deverá substituir Meloni como presidente do grupo conservador CRE (Conservadores e Reformistas Europeus), foi questionado pela Euronews, durante uma recente deslocação a Bruxelas, sobre onde é que o império fictício do mal pode ser encontrado na realidade.
itiu que Mordor pode ser encontrado na Rússia, embora não exclusivamente.
"Claro que, atualmente, a Rússia de Putin é um império do mal. Mas existem forças em toda a União Europeia que também são destrutivas, que lutam contra a soberania dos Estados e tentam centralizar o poder. Não são boas para a UE", afirmou Morawiecki.
"Não lhes chamaria exatamente Mordor, porque, em última análise, quero cooperar com eles, mas quero sublinhar que, neste momento, não são particularmente construtivos".
Morawiecki também denunciou as tentativas de impor um "cordão sanitário" em torno das forças de direita no Parlamento Europeu.
"De repente, surgiu uma nova coligação: O PPE [Partido Popular Europeu] mais os conservadores, ou seja, nós, e também os Patriotas pela Europa. E somos capazes de tomar decisões sobre questões sérias. Não foi esta a coligação que elegeu a atual Comissão Europeia. Para além disso, somos capazes de decidir sobre o futuro da Europa", explicou.
Morawiecki também falou sobre a superação da política polaca, uma vez que o país vive um forte partidarismo entre os seus principais partidos políticos. O seu partido, o Lei e Justiça, e a Plataforma Cívica, do primeiro-ministro Donald Tusk, não se entendem.
"Bem, eu até podia cooperar com o diabo, desde que fosse para o bem do meu país e para o bem da União Europeia", diz Morawiecki. "Infelizmente, há uma indicação muito clara de que este governo não quer trabalhar para melhorar e reparar a União Europeia".
Em declarações à Euronews, Morawiecki também criticou a agenda da presidência polaca do Conselho da UE, que será presidida por Donald Tusk por um período de seis meses a partir de 1 de janeiro de 2025.