{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/02/08/que-papel-politico-podem-desempenhar-os-movimentos-antivacinacao" }, "headline": "Que papel pol\u00edtico podem desempenhar os movimentos antivacina\u00e7\u00e3o?", "description": "A pouco e pouco, s\u00e3o cada vez mais os grupos a ganhar influ\u00eancia no campo da pol\u00edtica", "articleBody": "Em Bruxelas como em outras capitais europeias, os protestos contra a vacina\u00e7\u00e3o obrigat\u00f3ria e as restri\u00e7\u00f5es impostas por muitos governos por causa da pandemia de Covid-19 tornaram-se um h\u00e1bito. Entre palmas e assobios, \u00e9 raro o fim de semana em que n\u00e3o se registam manifesta\u00e7\u00f5es. Mas a pouco e pouco, a influ\u00eancia crescente de v\u00e1rios movimentos parece estar a contagiar e a alastrar para a pol\u00edtica. Organiza\u00e7\u00f5es como o coletivo \u0022B\u00e9lgica Unida pela Liberdade\u0022, por exemplo, tentam capitalizar a revolta e transform\u00e1-la\u00a0 em influ\u00eancia pol\u00edtica. \u0022A revolta das pessoas \u00e9 leg\u00edtima. \u00c9 normal que as pessoas fiquem com raiva porque as pessoas est\u00e3o chateadas com a situa\u00e7\u00e3o\u0022, sublinhou, em entrevista \u00e0 Euronews, Sarkis Simonjan, do coletivo\u00a0\u0022B\u00e9lgica Unida pela Liberdade\u0022 envolvido na organiza\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios protestos. Mas ser\u00e1 que a revolta vai esmorecer com o fim das restri\u00e7\u00f5es por causa da Covid-19? A curto prazo, os movimentos antivacina\u00e7\u00e3o podem ter algum impacto sobre diferentes elei\u00e7\u00f5es. Podem representar, desde logo, uma amea\u00e7a para as elei\u00e7\u00f5es presidenciais de abril, em Fran\u00e7a. O\u00a0 ainda presidente, Emmanuel Macron, tem aproveitado, ali\u00e1s, para atirar responsabilidades sobre a pandemia contra os n\u00e3o vacinados. \u0022Na verdade, penso que \u00e9 uma jogada estrategicamente s\u00e1bia de Emmanuel Macron porque todas as sondagens p\u00fablicas em Fran\u00e7a sugerem que a grande maioria - mais de dois ter\u00e7os dos ses - apoia o presidente nessa linha dura contra as pessoas anti-vacinas e n\u00e3o-vacinadas\u0022, lembrou\u00a0Jacob Kirkegaard, analista do German Marshall Fund dos EUA. J\u00e1 o primeiro-ministro h\u00fangaro, Viktor Orb\u00e1n, tem adotado outra estrat\u00e9gia, em plena contagem decrescente para as elei\u00e7\u00f5es legislativas de 3 de abril. De acordo com sondagens, 30% da popula\u00e7\u00e3o adulta do pa\u00eds recusa as vacinas contra a Covid-19 e mais de 50% est\u00e1 contra a vacina\u00e7\u00e3o obrigat\u00f3ria. Como o governo de Orb\u00e1n n\u00e3o quer perder esta parte do eleitorado, optou-se por um conjunto de medidas contra a Covid relativamente relaxado. \u0022Ele quer agradar este eleitorado, \u00c9 muito claro que do seu ponto de vista est\u00e1 a tentar mobilizar a sua base. Precisa que todos os eleitores de extrema-direita fiquem do seu lado porque, como as sondagens indicam, vai perder a maioria nas \u00e1reas urbanas, entre as pessoas com mais educa\u00e7\u00e3o\u0022, acrescentou\u00a0 Jacob Kirkegaard. Na Hungria, o grupo de extrema-direita \u0022Movimento P\u00e1tria Nossa\u0022 poder\u00e1 chegar ao parlamento gra\u00e7as a uma forte campanha antivacina\u00e7\u00e3o. Se assim for, poder\u00e1 ter tamb\u00e9m um papel importante em acordos p\u00f3s-eleitorais. ", "dateCreated": "2022-02-08T10:27:34+01:00", "dateModified": "2022-02-08T19:11:48+01:00", "datePublished": "2022-02-08T19:11:45+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F45%2F74%2F84%2F1440x810_cmsv2_67335fb1-d1fd-5109-a3b7-84243fbe6cc5-6457484.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A pouco e pouco, s\u00e3o cada vez mais os grupos a ganhar influ\u00eancia no campo da pol\u00edtica", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F45%2F74%2F84%2F432x243_cmsv2_67335fb1-d1fd-5109-a3b7-84243fbe6cc5-6457484.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Que papel político podem desempenhar os movimentos antivacinação?

Que papel político podem desempenhar os movimentos antivacinação?
Direitos de autor FRED TANNEAU/AFP
Direitos de autor FRED TANNEAU/AFP
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A pouco e pouco, são cada vez mais os grupos a ganhar influência no campo da política

PUBLICIDADE

Em Bruxelas como em outras capitais europeias, os protestos contra a vacinação obrigatória e as restrições impostas por muitos governos por causa da pandemia de Covid-19 tornaram-se um hábito.

Entre palmas e assobios, é raro o fim de semana em que não se registam manifestações.

Mas a pouco e pouco, a influência crescente de vários movimentos parece estar a contagiar e a alastrar para a política.

Organizações como o coletivo "Bélgica Unida pela Liberdade", por exemplo, tentam capitalizar a revolta e transformá-la em influência política.

"A revolta das pessoas é legítima. É normal que as pessoas fiquem com raiva porque as pessoas estão chateadas com a situação", sublinhou, em entrevista à Euronews, Sarkis Simonjan, do coletivo "Bélgica Unida pela Liberdade" envolvido na organização de vários protestos.

Mas será que a revolta vai esmorecer com o fim das restrições por causa da Covid-19?

A curto prazo, os movimentos antivacinação podem ter algum impacto sobre diferentes eleições.

Podem representar, desde logo, uma ameaça para as eleições presidenciais de abril, em França. O ainda presidente, Emmanuel Macron, tem aproveitado, aliás, para atirar responsabilidades sobre a pandemia contra os não vacinados.

"Na verdade, penso que é uma jogada estrategicamente sábia de Emmanuel Macron porque todas as sondagens públicas em França sugerem que a grande maioria - mais de dois terços dos ses - apoia o presidente nessa linha dura contra as pessoas anti-vacinas e não-vacinadas", lembrou Jacob Kirkegaard, analista do German Marshall Fund dos EUA.

Já o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, tem adotado outra estratégia, em plena contagem decrescente para as eleições legislativas de 3 de abril.

De acordo com sondagens, 30% da população adulta do país recusa as vacinas contra a Covid-19 e mais de 50% está contra a vacinação obrigatória.

Como o governo de Orbán não quer perder esta parte do eleitorado, optou-se por um conjunto de medidas contra a Covid relativamente relaxado.

"Ele quer agradar este eleitorado, É muito claro que do seu ponto de vista está a tentar mobilizar a sua base. Precisa que todos os eleitores de extrema-direita fiquem do seu lado porque, como as sondagens indicam, vai perder a maioria nas áreas urbanas, entre as pessoas com mais educação", acrescentou Jacob Kirkegaard.

Na Hungria, o grupo de extrema-direita "Movimento Pátria Nossa" poderá chegar ao parlamento graças a uma forte campanha antivacinação. Se assim for, poderá ter também um papel importante em acordos pós-eleitorais.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Reino Unido impõe sanções a dois ministros israelitas devido a comentários sobre Gaza

Ucrânia e Rússia concluem segunda troca de prisioneiros acordada durante as conversações de Istambul

Dois homens condenados a prisão perpétua por cumplicidade no assassínio de jornalista maltesa