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Argentina lança campanha global para encontrar crianças desaparecidas

Argentina lança campanha global para encontrar crianças desaparecidas
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Durante a última ditadura cívico-militar (1976-1983), bebés e crianças foram sequestrados com os pais ou nasceram durante a detenção ilegal das respetivas mães em centros clandestinos de detenção

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"Ajude-nos a encontrá-lo": É o apelo de uma campanha internacional lançada na Argentina. Procuram-se mais de 300 crianças - agora em idade adulta - nascidas e desaparecidas durante a última ditadura militar.

Pela primeira vez, a campanha é voltada para residentes a viver fora do país. Pretende alcançar os nascidos na Argentina, entre 1974 e 1983, que sabem que são adotados ou que têm dúvidas sobre a respetiva origem.

Até ao momento fecharam-se 130 casos.

"Houve violações sistemáticas e massivas dos direitos humanos a partir de um aparelho repressivo do Estado e em que uma das principais metodologias foi um plano sistemático de sequestros forçados de pessoas que incluiu a apropriação de crianças e e de bebés, quer porque eram crianças sequestradas com os pais ou porque eram mulheres grávidas que davam à luz de forma clandestina", sublinhou, em entrevista à Euronews, Pablo Grinspin, embaixador da Argentina junto da União Europeia (UE).

Guillermo Amarilla viveu um caso idêntico. Nasceu em 1980, num centro de detenção na Argentina.

A família não sabia da sua existência porque a mãe estava grávida de apenas um mês quando foi raptada. Dez anos depois, após a realização de um teste de ADN, voltou a reunir-se com a família.

"Temos a verdade nas mãos quando descobrimos quem foram os nossos pais. Aprendemos sobre o mundo e conhecemos pessoas que nos acolhem de braços abertos, com muito afeto e amor. Mas também conhecemos outra história que tem a ver com o desaparecimento dos nossos pais", lamentou Guillermo Amarilla.

O movimento, agora com dimensão global, começou com a associação civil "Avós da Praça de Maio" e com a associação "Mães da Praça de Maio", que procuraram filhos e netos desaparecidos. Quando a democracia foi restaurada, o Estado argentino juntou-se à causa.

Todos os que tiverem dúvidas sobre a respetiva identidade podem pedir ajuda de forma confidencial em qualquer embaixada argentina ou consulado em todo o mundo.

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