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N\u00e3o quero que ningu\u00e9m tenha de o descobrir. \u00c9 por isso que estamos a falar de garantias de seguran\u00e7a. \u00c9 por isso que, para n\u00f3s, ou se adere \u00e0 NATO ou se criam condi\u00e7\u00f5es para construir outra NATO aqui na Ucr\u00e2nia\u0022.", "dateCreated": "2025-02-15T10:14:41+01:00", "dateModified": "2025-02-15T14:45:17+01:00", "datePublished": "2025-02-15T14:45:17+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F05%2F79%2F80%2F1440x810_cmsv2_dbab7fcb-416f-57b1-aa0f-090c873b3caf-9057980.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O Presidente da Ucr\u00e2nia, Volodymyr Zelenskyy, discursa durante a Confer\u00eancia de Seguran\u00e7a de Munique, no Hotel Bayerischer Hof, em Munique, Alemanha, no s\u00e1bado, 15 de fevereiro de 2025. 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Zelenskyy diz que é altura de se criar as "Forças Armadas da Europa"

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, discursa durante a Conferência de Segurança de Munique, no Hotel Bayerischer Hof, em Munique, Alemanha, no sábado, 15 de fevereiro de 2025.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, discursa durante a Conferência de Segurança de Munique, no Hotel Bayerischer Hof, em Munique, Alemanha, no sábado, 15 de fevereiro de 2025. Direitos de autor AP Photo
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De Sasha Vakulina
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirmou que não vai retirar a adesão da Ucrânia à NATO, mas que "neste momento o membro mais influente da NATO parece ser Putin, porque parece ser capaz de bloquear as decisões da NATO". Zelenskyy apelou também à criação de "Forças Armadas da Europa".

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Chegou o momento de criar as "Forças Armadas da Europa", afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy durante a Conferência de Segurança de Munique, no sábado de manhã.

"A UE não conseguirá fazer face à situação sozinha, mas nós também não" - afirmou, reiterando o seu aviso de que a Rússia poderia atacar os países da NATO já no próximo ano, estando os preparativos para um ataque potencialmente já em curso.

O presidente da Ucrânia referia-se à posse por Kiev de informações fiáveis sobre as operações russas na Bielorrússia já no verão de 2025. "Temos informações claras de que a Rússia está a planear enviar tropas para a Bielorrússia no verão, sob o pretexto de exercícios. Mas foi exatamente assim que a invasão da Ucrânia foi preparada há três anos".

"Serão estas forças destinadas a um ataque à Ucrânia? Talvez sejam para vós, para a Europa. Os vossos exércitos estão prontos? Quando é que os vossos aliados vão responder, se é que vão responder?" Zelenskyy perguntou em meio à incerteza sobre se a Ucrânia ou a Europa poderiam contar com o apoio dos EUA.

"Sejamos claros: não podemos excluir a possibilidade de os Estados Unidos se recusarem a cooperar com a Europa em questões que a ameaçam".

No discurso proferido na Conferência de Segurança de Munique, um dia antes, na sexta-feira, citou os serviços secretos ucranianos que afirmaram que a Rússia está a preparar entre 100.000 e 150.000 soldados para entrar na Bielorrússia, o aliado mais próximo da Rússia, que pode ser utilizado como plataforma de lançamento para um possível ataque futuro.

"Não tenho a certeza se vão atacar a Ucrânia, mas vão atacar. Talvez a Ucrânia, talvez a Polónia, talvez os países bálticos", disse Zelenskyy.

Desde a invasão total da Ucrânia pela Rússia e das críticas da istração americana às despesas de defesa dos seus aliados, apenas a Polónia, a Estónia, a Lituânia e a Letónia anunciaram aumentos significativos das despesas de defesa.

Durante o seu discurso, Zelenskyy afirmou que as despesas com a defesa são importantes, mas que é impossível defender os Estados apenas com estas despesas.

"Não é mais complicado do que mantermo-nos firmes contra os ataques russos, como já fizemos. Mas não se trata apenas de aumentar as despesas com a defesa em percentagem do PIB. É claro que precisamos de dinheiro, mas o dinheiro por si só não consegue parar o avanço do inimigo", acrescentou.

"Sem o exército ucraniano, os exércitos europeus não serão suficientes para travar a Rússia. Esta é a realidade. Só o nosso exército na Europa tem experiência de guerra real e moderna", acrescentou.

Volodymyr Zelenskyy afirmou que a adesão da Ucrânia à NATO não é uma opção. No entanto, lamentou que "neste momento, o membro mais influente da NATO parece ser Putin, porque parece ser capaz de bloquear as decisões da NATO", comentando que algumas das exigências de Moscovo têm sido repetidas por representantes da istração norte-americana, como a exclusão da Ucrânia da NATO e referindo-se a qualquer regresso às fronteiras do país anteriores a 2014 como "irrealista".

"Acreditamos que o núcleo de qualquer garantia de segurança para a Ucrânia deve ser a adesão à NATO. Ou condições que nos permitam construir outra NATO, aqui mesmo na Ucrânia".

Para isso, insistiu, a Ucrânia terá de aumentar o número das suas tropas para se equiparar aos números da Rússia, mas também precisará de mais dinheiro e armas para as equipar.

"Pergunto a cada um de vós: se a Rússia vos atacasse, o vosso exército conseguiria lutar da mesma forma? Não quero que ninguém tenha de o descobrir. É por isso que estamos a falar de garantias de segurança. É por isso que, para nós, ou se adere à NATO ou se criam condições para construir outra NATO aqui na Ucrânia".

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