Autoridades de saúde palestinianas indicam em comunicado que, em 14 meses de guerra no enclave, o balanço de vítimas mortais subiu para 45.317.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) continuam a bombardear a Faixa de Gaza e, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mataram pelo menos 58 pessoas ao longo das últimas 24 horas. Um dos ataques atingiu um acampamento na chamada “zona segura” de al-Mawasi, no sul do território, onde se registaram oito vítimas mortais, incluindo duas crianças, informou fonte do Hospital Nasser, na cidade de Khan Younis.
Outras duas crianças e três mulheres perderam a vida em resultado de uma investida contra uma casa na cidade de Deir al-Balah, de acordo com o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, que recebeu os corpos. Uma escola transformada em abrigo no campo de refugiados de Nuseirat também foi alvo dos bombardeamentos israelitas.
O chefe da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) lamentou esta “escalada” de Israel em Gaza, sublinhando que os ataques a escolas e hospitais se tornaram “comuns”.
O IDF alega que apenas visa os membros do Hamas, acusando-os de se esconder entre os civis. No domingo à noite, o exército israelita declarou que tinha atingido um militante na zona humanitária.
Na cidade de Jenin, ocupada por Israel, houve uma greve geral convocada por milícias para protestar contra uma rara repressão por parte das forças de segurança palestinianas.
Entretanto, os meios de comunicação social israelitas adiantam que o Catar acolheu no domingo conversações sobre reféns e sobre um acordo de cessar-fogo, tendo o Hamas alegadamente fornecido provas de vida de vários prisioneiros.
Dezenas de milhares de mortos
A guerra de Israel contra Gaza matou pelo menos 45. 317 palestinianos e feriu outros 107. 713 desde 7 de outubro de 2023, segundo as autoridades de saúde palestinianas. Já em Israel, morreram pelo menos 1.139 pessoas durante os ataques daquele dia liderados pelo Hamas, e mais de 200 foram feitas prisioneiras.
O chefe da UNRWA avança que “uma criança é morta por hora” no enclave, em resultado das ofensivas israelitas.
“Não se trata de números. São vidas ceifadas. Matar crianças não tem justificação”, realçou Philippe Lazzarini na rede social X.
“Os que sobrevivem ficam marcados física e emocionalmente”, acrescentou.
Lazzarini alertou ainda para o facto de estas crianças estarem numa corrida contra o tempo: “Estão a perder as suas vidas, o seu futuro e, sobretudo, a sua esperança”, notou.