{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/09/03/andar-de-aviao-e-mais-seguro-do-que-nunca-diz-estudo" }, "headline": "Andar de avi\u00e3o \u00e9 mais seguro do que nunca, diz estudo", "description": "Segundo um estudo, andar de avi\u00e3o \u00e9 cada vez mais seguro, com um risco de morte de um em cada 13,7 milh\u00f5es de embarques de ageiros", "articleBody": "H\u00e1 uma hip\u00f3tese em 13,7 milh\u00f5es de um ageiro, em qualquer parte do mundo, morrer a bordo de um avi\u00e3o, de acordo com um novo estudo.Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, analisaram dados globais sobre ageiros e mortes entre 2018 e 2022 e descobriram que as mortes em avi\u00f5es diminu\u00edram em m\u00e9dia 7% de ano para ano.Estes resultados seguem um padr\u00e3o de \u0022melhoria cont\u00ednua\u0022 que come\u00e7ou em 1968, quando a taxa de mortalidade diminuiu em m\u00e9dia 7,5% por ano, mesmo com o aumento do n\u00famero de voos que descolavam e aterravam.A Boeing enfrenta uma s\u00e9rie de problemas t\u00e9cnicos que obrigaram a empresa a suspender os voos de teste do seu modelo 777-9. A Autoridade Federal da Avia\u00e7\u00e3o (FAA) tamb\u00e9m ter\u00e1 lan\u00e7ado inspe\u00e7\u00f5es ao 787 Dreamliner devido a movimentos defeituosos dos assentos dos pilotos.Taxa de mortalidade 36% mais elevada nalguns pa\u00edsesA taxa de incidentes depende dos pa\u00edses de onde e para onde as pessoas voam. Os investigadores dividiram os pa\u00edses em tr\u00eas n\u00edveis de risco: baixo, m\u00e9dio e elevado, com base no historial de seguran\u00e7a a\u00e9rea.O grupo de risco mais baixo \u00e9 o grupo de n\u00edvel 1, que inclui a Uni\u00e3o Europeia, a Austr\u00e1lia, o Canad\u00e1, a China, Israel, o Jap\u00e3o, Montenegro, a Nova Zel\u00e2ndia, a Noruega, a Su\u00ed\u00e7a, o Reino Unido e os Estados Unidos.Alguns exemplos de pa\u00edses do grupo de n\u00edvel 2 incluem o Bar\u00e9m, a B\u00f3snia, o Brasil, o Brunei, o Chile, Hong Kong, a \u00cdndia, a Jord\u00e2nia, o Kuwait, a Mal\u00e1sia, o M\u00e9xico, as Filipinas, o Qatar, Singapura, a \u00c1frica do Sul, a Coreia do Sul, Taiwan, a Tail\u00e2ndia, a Turquia e os Emirados \u00c1rabes Unidos.Os restantes pa\u00edses do mundo est\u00e3o no n\u00edvel 3 ou no grupo de alto risco.Para os dois primeiros n\u00edveis, o risco de morte desce para um por cada 80 milh\u00f5es de embarques de ageiros, segundo o estudo. Estes pa\u00edses representam mais de metade dos 8 mil milh\u00f5es de habitantes do planeta.\u0022A esse ritmo, um ageiro poderia, em m\u00e9dia, escolher um voo ao acaso todos os dias durante 220 000 anos antes de sucumbir a um acidente fatal\u0022, prossegue o relat\u00f3rio.Segundo o estudo, o risco de morte \u00e9 cerca de 36% mais elevado nos pa\u00edses da categoria 3, mas as mortes continuam a diminuir.\u0022Embora [estes pa\u00edses] continuem a melhorar ao longo do tempo, o seu risco de morte de ageiros continua a ser muitas vezes superior ao risco noutros pa\u00edses\u0022, afirma o estudo.O estudo tamb\u00e9m n\u00e3o incluiu quaisquer acidentes que tenham sido ataques diretos a ageiros, como um atentado suicida no aeroporto de Cabul em 2021 que matou 170 afeg\u00e3os e 13 militares norte-americanos.Mais de 4.000 mortes por apanhar COVID-19 num avi\u00e3oO estudo considera a pandemia de COVID-19, que definiu como o per\u00edodo de mar\u00e7o de 2020 a dezembro de 2022. Embora houvesse menos ageiros de companhias a\u00e9reas durante a pandemia, aqueles que viajavam enfrentavam uma \u0022nova fonte de perigo\u0022 se fossem expostos ao v\u00edrus num voo.Na altura, as companhias a\u00e9reas disseram aos ageiros que a transmiss\u00e3o da COVID-19 era \u0022praticamente imposs\u00edvel\u0022, afirmam os investigadores no seu estudo, apesar de o cirurgi\u00e3o-geral dos EUA ter estimado que 96% dos voos durante esse per\u00edodo tinham pelo menos um ageiro positivo.Apesar desse novo risco, os investigadores afirmam que \u0022n\u00e3o h\u00e1 provas de que aqueles que voaram tenham sofrido um maior risco de morte devido a acidentes de avi\u00e3o ou ataques do que seria de esperar se a pandemia nunca tivesse ocorrido\u0022.\u0022Para al\u00e9m da transmiss\u00e3o a bordo da COVID-19, a seguran\u00e7a dos ageiros melhorou significativamente\u0022, afirma o estudo.No total, o artigo estima que cerca de 4,760 pessoas morreram por contrair uma infe\u00e7\u00e3o COVID-19 em um voo de mar\u00e7o de 2020 a dezembro de 2022.Os investigadores do MIT item que \u00e9 dif\u00edcil saber o n\u00famero exato de mortes, uma vez que os ageiros que contra\u00edram uma infe\u00e7\u00e3o ap\u00f3s um voo poderiam t\u00ea-la transmitido a outros que poderiam ter falecido.\u0022Essas estimativas sobre as mortes por COVID-19 s\u00e3o necessariamente imprecisas\u0022, diz o estudo. \u0022E, embora utilizem estimativas de par\u00e2metros inferiores, podem muito bem ser demasiado elevadas\u0022.Os seus dados tamb\u00e9m n\u00e3o contam os ageiros com menos de 18 anos e n\u00e3o diferenciam a idade dos ageiros com mais de 65 anos, o que, segundo os investigadores, \u00e9 importante porque a mortalidade aumenta acentuadamente para os idosos.", "dateCreated": "2024-09-03T14:05:57+02:00", "dateModified": "2024-09-03T17:46:18+02:00", "datePublished": "2024-09-03T17:46:18+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F69%2F95%2F16%2F1440x810_cmsv2_59d41854-f375-5160-837c-6e16c649690b-8699516.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Um Boeing 737 da Royal Air Maroc aproxima-se para aterrar em Lisboa ao p\u00f4r do sol, s\u00e1bado, 20 de julho de 2024.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F69%2F95%2F16%2F432x243_cmsv2_59d41854-f375-5160-837c-6e16c649690b-8699516.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Desmarais", "givenName": "Anna", "name": "Anna Desmarais", "url": "/perfis/2860", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/anna_desmarais", "jobTitle": "Journaliste Producer", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue anglaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo", "Mobilidade" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Andar de avião é mais seguro do que nunca, diz estudo

Um Boeing 737 da Royal Air Maroc aproxima-se para aterrar em Lisboa ao pôr do sol, sábado, 20 de julho de 2024.
Um Boeing 737 da Royal Air Maroc aproxima-se para aterrar em Lisboa ao pôr do sol, sábado, 20 de julho de 2024. Direitos de autor Armando Franca/AP Photo
Direitos de autor Armando Franca/AP Photo
De Anna Desmarais
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Segundo um estudo, andar de avião é cada vez mais seguro, com um risco de morte de um em cada 13,7 milhões de embarques de ageiros

PUBLICIDADE

Há uma hipótese em 13,7 milhões de um ageiro, em qualquer parte do mundo, morrer a bordo de um avião, de acordo com um novo estudo.

Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, analisaram dados globais sobre ageiros e mortes entre 2018 e 2022 e descobriram que as mortes em aviões diminuíram em média 7% de ano para ano.

Estes resultados seguem um padrão de "melhoria contínua" que começou em 1968, quando a taxa de mortalidade diminuiu em média 7,5% por ano, mesmo com o aumento do número de voos que descolavam e aterravam.

A Boeing enfrenta uma série de problemas técnicos que obrigaram a empresa a suspender os voos de teste do seu modelo 777-9. A Autoridade Federal da Aviação (FAA) também terá lançado inspeções ao 787 Dreamliner devido a movimentos defeituosos dos assentos dos pilotos.

Taxa de mortalidade 36% mais elevada nalguns países

A taxa de incidentes depende dos países de onde e para onde as pessoas voam. Os investigadores dividiram os países em três níveis de risco: baixo, médio e elevado, com base no historial de segurança aérea.

O grupo de risco mais baixo é o grupo de nível 1, que inclui a União Europeia, a Austrália, o Canadá, a China, Israel, o Japão, Montenegro, a Nova Zelândia, a Noruega, a Suíça, o Reino Unido e os Estados Unidos.

Alguns exemplos de países do grupo de nível 2 incluem o Barém, a Bósnia, o Brasil, o Brunei, o Chile, Hong Kong, a Índia, a Jordânia, o Kuwait, a Malásia, o México, as Filipinas, o Qatar, Singapura, a África do Sul, a Coreia do Sul, Taiwan, a Tailândia, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos.

Um ageiro poderia, em média, escolher um voo ao acaso todos os dias durante 220 000 anos antes de sucumbir a um acidente fatal.
Relatório “Airline Safety, Still Getting Better?"

Os restantes países do mundo estão no nível 3 ou no grupo de alto risco.

Para os dois primeiros níveis, o risco de morte desce para um por cada 80 milhões de embarques de ageiros, segundo o estudo. Estes países representam mais de metade dos 8 mil milhões de habitantes do planeta.

"A esse ritmo, um ageiro poderia, em média, escolher um voo ao acaso todos os dias durante 220 000 anos antes de sucumbir a um acidente fatal", prossegue o relatório.

Segundo o estudo, o risco de morte é cerca de 36% mais elevado nos países da categoria 3, mas as mortes continuam a diminuir.

"Embora [estes países] continuem a melhorar ao longo do tempo, o seu risco de morte de ageiros continua a ser muitas vezes superior ao risco noutros países", afirma o estudo.

O estudo também não incluiu quaisquer acidentes que tenham sido ataques diretos a ageiros, como um atentado suicida no aeroporto de Cabul em 2021 que matou 170 afegãos e 13 militares norte-americanos.

Mais de 4.000 mortes por apanhar COVID-19 num avião

O estudo considera a pandemia de COVID-19, que definiu como o período de março de 2020 a dezembro de 2022. Embora houvesse menos ageiros de companhias aéreas durante a pandemia, aqueles que viajavam enfrentavam uma "nova fonte de perigo" se fossem expostos ao vírus num voo.

Na altura, as companhias aéreas disseram aos ageiros que a transmissão da COVID-19 era "praticamente impossível", afirmam os investigadores no seu estudo, apesar de o cirurgião-geral dos EUA ter estimado que 96% dos voos durante esse período tinham pelo menos um ageiro positivo.

Apesar desse novo risco, os investigadores afirmam que "não há provas de que aqueles que voaram tenham sofrido um maior risco de morte devido a acidentes de avião ou ataques do que seria de esperar se a pandemia nunca tivesse ocorrido".

"Para além da transmissão a bordo da COVID-19, a segurança dos ageiros melhorou significativamente", afirma o estudo.

No total, o artigo estima que cerca de 4,760 pessoas morreram por contrair uma infeção COVID-19 em um voo de março de 2020 a dezembro de 2022.

Os investigadores do MIT item que é difícil saber o número exato de mortes, uma vez que os ageiros que contraíram uma infeção após um voo poderiam tê-la transmitido a outros que poderiam ter falecido.

"Essas estimativas sobre as mortes por COVID-19 são necessariamente imprecisas", diz o estudo. "E, embora utilizem estimativas de parâmetros inferiores, podem muito bem ser demasiado elevadas".

Os seus dados também não contam os ageiros com menos de 18 anos e não diferenciam a idade dos ageiros com mais de 65 anos, o que, segundo os investigadores, é importante porque a mortalidade aumenta acentuadamente para os idosos.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Reconhecimento facial e cartões de embarque no telemóvel: o futuro dos voos pode não ter papel

Avião da Turkish Airlines aterra de emergência após morte do piloto

Boeing chega a acordo com a justiça dos EUA e evita processo penal